quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Os 10 principais erros de quem tem dor de cabeça


Que dor! (Foto: iStock)
Quem não sofre de vez em quando com uma dorzinha chata de cabeça? Para mais de 80% das mulheres e pelo menos 60% dos homens, esse martírio ocorre ao menos 1 vez por mês. Será que damos a devida atenção ao problema? Será que não temos comportamentos que facilitam a manutenção das dores? Será que lutamos com todas as armas contra esse vilão? “Geralmente é fácil de reconhecer uma série de erros na condução e abordagem da dor em pessoas com dores de cabeça frequentes. Ajustes no dia-a-dia podem, se não trazer a cura, aliviar bastante a frequência e a intensidade do problema” , explica o neurologista Leandro Teles.


Veja quais são os principais erros que aqueles que sofrem desse mal irritante podem cometer:
1. Automedicação: erro número 1. Utilizar indiscriminadamente uma série de analgésicos comuns e remédios sem prescrição e orientação de um médico leva à franca descompensação da frequência das crises. Cada caso é um caso! Existem inúmeras opções de medicamentos para cortar a dor e prevenir as dores, e, por isso, para cada organismo haverá um planejamento personalizado.

2. Demorar muito para tomar o remédio:
 muito comum as pessoas esperarem a dor ficar muito forte para tomar a medicação prescrita para alívio do sintoma. Isso na maioria das vezes só dificulta a ação da medicação. Crises no começo respondem muito melhor à medicação. Por isso, não espere a dor ficar insuportável.


3. Usar doses inadequadas de analgésicos: 
algumas vezes as dores que parecem mais resistentes aos medicamentos foram combatidas com doses inadequadas de medicamentos, até se eles forem corretos. É comum a utilização de medicamentos compostos, com subdoses de várias medicações. Isso traz alívio mínimo e estimula o retorno da dor e o abuso de medicamentos, pois a melhora não se sustenta. Siga sempre as doses propostas pelo seu médico de confiança.


4. Não mapear a dor:
 pessoas com dores de cabeça frequentes precisam mapear sua dor. A ferramenta ideal para isso é o “diário de dor”. O paciente e o médico precisam conhecer intensamente a dinâmica da dor, em que parte do dia ocorre, em que época do mês, a duração do sintoma, a resposta às medidas propostas, a relação com o sono, o stress, as férias, as estações do ano, etc... Quanto mais informações, melhor para corrigir o que desencadeia a dor e enfatizar aquilo que reduz o incômodo. 


5. Atribuir a dor a causas equivocadas: 
é comum o atraso de diagnóstico ocorrer porque as pessoas atribuem a dor a causar equivocadas. Achar que a dor é causada por miopia, hipertensão e sinusite crônica são os erros mais comuns. O paciente com frequência passa por inúmeros especialistas antes de chegar ao neurologista e fazer um diagnóstico adequado da causa da dor e fazer um planejamento apropriado de controle.


Não deixe essa vilã atrapalhar o trabalho, os estudos ou o dia a dia. (Foto: iStock)
6. Não reconhecer sinais de alarme: algumas vezes os pacientes deixam passar alguns sinais clínicos que sugerem que a dor de cabeça é de causa mais grave e urgente e exige atendimento médico mais rápido. Por exemplo: dores que aparecem subitamente, já com intensidade alta; dores relacionadas a exercícios físicos ou atividade sexual; febre associado a dor; sintomas neurológicos como fraqueza, formigamentos, turvação visual, visão dupla, etc... .

7. Não mudar os hábitos que levam à dor:
 o paciente com dor de cabeça crônica precisa estar disposto a alterar alguns hábitos, como  iniciar atividade física aeróbica regular, dieta balanceada e fracionada, rotina de sono adequada, redução de stress do dia a dia, etc... .

8. Não fazer seguimento médico regular:
  a minoria dos paciente com dor de cabeça frequente procura ajuda especializada. Seja por temor de investigar o sintoma, seja por descrédito na  possibilidade de um tratamento efetivo. O neurologista clínico ou mesmo o clínicos geral  são os profissionais mais preparados para conduzir os casos de dor de cabeça.

9. Temer medicamentos profiláticos:  
Muita gente evita tomar os medicamentos preventivos (aqueles que se toma diariamente para que a dor não venha) por medo de efeitos colaterais. Existe a crença de que eles são muito “fortes”, engordam, viciam ou mesmo de que teremos que toma-los o resto do vida. Na verdade, a escolha do medicamento varia caso a caso. O uso pode ser descontinuado após um tempo de controle da dor e muitos pode trazer, além do benefício de combate à dor em si, outros ajustes interessantes, como regulação do sono, perda de peso, controle da ansiedade, etc. Basta escolher junto com o seu médico a medicação que mais se adequa ao seu organismo.

10. Se “acostumar” com a dor: 
  para encerrar a lista, esse é o pior erro de todos. As pessoas acabam jogando a toalha e desistindo de tratar adequadamente a doença. Vivem sem qualidade de vida, perdem rendimento no trabalho, escola e tem prejuízos na vida social. Passa a ficar mal humorada e pode até evoluir para depressão. Vive a base de analgésicos e pode acordar todo o dia com dor. Ou seja, o ideal é não ignorar nunca algo que esteja incomodando latentemente.

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