Alopecia areata, conhecida popularmente como “pelada”, é uma condição caracterizada por perda de cabelo ou de pêlos em áreas arredondadas ou ovais do couro cabeludo ou em outras partes do corpo (cílios, sobrancelhas, barba, por exemplo). Ela acomete de 1% a 2% da população, afeta ambos os sexos e todos os grupos raciais. O distúrbio pode surgir em qualquer idade, embora em 60% dos casos seus portadores tenham menos de 20 anos.
Geralmente, as áreas em que o cabelo cai são bem delimitadas, circunscritas, e esparsas pelo couro cabeludo (alopecia areata), mas podem tornar-se confluentes e evoluir para a queda total de cabelo e de pelos do corpo (alopecia totalis).
Entre as possíveis causas do distúrbio, estão fatores genéticos (em 10% a 42% dos casos, há outras pessoas na família com o problema) e imunológicos (genes implicados na suscetibilidade à alopecia areata provavelmente interagem com fatores ambientais desencadeantes, como o estresse ou a presença de microorganismos, para disparar uma resposta imunológica que lesa o folículo piloso).
Em 20% a 30% dos casos, a alopecia pode estar associada a enfermidades de natureza imunológica, como tireoidites, diabetes, lúpus, vitiligo, rinites e a outras condições alérgicas.
Sintomas
A perda de cabelo é assintomática, mas há casos em que prurido ou queimação precedem o aparecimento das placas. Alterações na superfície das unhas surgem em 10% a 50% dos casos.
Diagnóstico
O diagnóstico pode ser feito pela simples aparência das áreas sem cabelo. Em certos casos, há necessidade de fazer biópsia da pele afetada para afastar outras possíveis causas de alopecia.
Um teste simples ajuda a identificar os casos de alopecia areata e a diferenciá-los de outros tipos de queda de cabelo: consiste em simplesmente puxar, com delicadeza, um tufo de cerca de 60 fios de cabelos situados às margens da área pelada. O teste é considerado positivo quando pelo menos 6 fios são arrancados pela raiz.
Tratamento
O tratamento não é obrigatório, porque não previne as recidivas, uma vez que a condição é benigna e tende a regredir espontaneamente, mas costuma ser indicado porque a alopecia pode causar distúrbios psicológicos importantes.
Adultos com menos de 50% de envolvimento do couro cabeludo podem beneficiar-se com a aplicação de injeções locais de derivados da cortisona.
A aplicação local de cremes contendo corticosteróides, de soluções de Minoxidil, de creme de antralina, de sensibilizadores de contato como o DNCB e o SADBE são outras opções de tratamento para estimular o crescimento do fio de cabelo.
Recomendações
* Procure o dermatologista se surgirem áreas circunscritas com perda de cabelos ou de pelos em algumas partes do corpo. Diagnóstico e tratamento precoces são importantes para reverter os quadros de alopecia areata;
* Esteja atento. Os episódios de queda, seguidos de recuperação parcial ou total do cabelo perdido podem manifestar-se várias vezes na vida. Com ou sem tratamento, o crescimento parcial ou completo deve ser esperado dentro de um ano. Infelizmente, há casos de perda irreversível;
* Não estranhe. Geralmente, quando volta a crescer, o cabelo é branco e fino, mas depois adquire cor e consistência normais;
* Aceite ajuda psicológica, se a alopecia areata estiver prejudicando sua auto-estima e qualidade de vida.
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