Foi a perspectiva de umas férias na praia em Mallorca, na Espanha, que estimulou Eva, moradora do Brooklyn de 33 anos, a tentar solucionar seu físico "não tão pronto" para biquíni. Mas em vez de abraçar um novo plano de exercícios ou uma dieta radical, ela optou por um misterioso e caro serviço de spa – envolvendo correntes elétricas.
Os proponentes do tratamento, algumas vezes chamado de eletroestimulação, dizem que ele pode gerar perda de peso, tonificar a pele e os músculos e drenar toxinas.
"Precisava de uma solução rápida", afirmou Eva (que não quis divulgar o sobrenome), explicando por que usou o FatGirlShrink – um serviço de uma hora de duração e US$ 180 introduzido pelo Bliss Spa em janeiro.
O tratamento, conduzido numa mesa aquecida e envolvendo a aplicação de algas vermelhas e extrato de guaraná, seguida por uma máscara de argila do peito aos joelhos, também usa correntes elétricas – que, segundo o spa, ajuda com a absorção dos extratos e estimula a drenagem linfática.
Entre a classe médica, porém, há descrentes o bastante para que isso pareça apenas mais uma forma de alimentar a ilusão de uma solução rápida ao povo americano.
"A eletroestimulação é mais um modismo para pessoas que passaram a vida toda ganhando peso sem qualquer esforço, e agora querem perder esse peso com rapidez e facilidade", explicou o Dr. Ronald Sha, diretor médico do Duke Diet and Fitness Center em Durham, Carolina do Norte.
Da mesma forma, o Dr. Jeffrey Morrison, clínico-geral e nutricionista certificado em Manhattan, declarou: "A eletroestimulação é apenas uma opção razoável para pessoas que são sedentárias ou que não podem se exercitar".
Todos os outros, segundo Morrison, "podem queimar muito mais calorias malhando com um treinador e seguindo uma dieta saudável".
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