Transplante de coração dá prioridade a casos mais graves na fila de espera.
Cardiologistas explicam como é a operação e os critérios para a doação.
Conheça histórias de cirurgias no Brasil que deram certo e salvaram vidas.
Quando um coração falha, não há alternativa a não ser um transplante. E o maior pré-requisito para a operação é a gravidade do problema de quem está na fila, não a ordem de chegada.
Atualmente, há cerca de 200 brasileiros esperando por esse tipo de cirurgia no Sistema Nacional de Transplantes. Infelizmente, 40% deles morrem aguardando o procedimento. E esse número pode ser até sete vezes maior, pois muita gente não entra nessa lista de espera. Sem um coração novo, o paciente sobrevive entre alguns meses até dois anos, em geral.
Segundo os cardiologistas Roberto Kalil e Fábio Jatene, os transplantes cardíacos são feitos no país de maneira sistemática desde 1984. A primeira cirurgia ocorreu em 1968, mas o paciente morreu e só se voltou a operar 16 anos depois.
O transplante é a única solução para doenças que inviabilizam o trabalho do coração e causam a chamada insuficiência cardíaca.
Poucas doenças na medicina são tão impactantes na qualidade de vida de uma pessoa quanto um transplante de coração. Um paciente que antes mal conseguia descascar uma fruta volta a ter vida normal. Alguns indivíduos se tornaram até campeões olímpicos.
O infarto agudo do miocárdio, causado por problemas como pressão alta, é a principal causa de insuficiência cardíaca e da necessidade de transplantes no Brasil. Em seguida, vêm as infecções virais do coração, as causas indefinidas e a doença de Chagas, transmitida pelas fezes do mosquito barbeiro e pela ingestão do inseto em comida mal processada, como açaí e sucos artesanais.
Quando se trata de um transplante cardíaco, o tempo é precioso. Isso porque um coração fora do corpo dura em média 4 horas, um "prazo de validade" menor que o de outros órgãos.
Os corações artificiais ainda não são uma realidade no país. Por isso, necessitar de um transplante de coração, pulmões ou fígado é mais dramático do que precisar de um rim, pois nesse caso há a opção de hemodiálise.
Os médicos destacaram, ainda, o drama da espera por um coração novo, os riscos e as consequências de um transplante, a importância da doação de órgãos e também de avisar a família se você quer ser doador ou não. Para ter mais informações sobre o assunto, ligue para o Disque Saúde, no número 136.
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