Os mitos e as verdades
Dermatologista conta quais são os mitos e as verdades sobre a caspa. Confira!
O Brasil é o país da América Latina com maior incidência de caspa: cerca de 40% dos brasileiros sofrem do problema. "A caspa é um mal que, além de trazer transtornos relacionados à saúde, como irritações e coceiras no couro cabeludo, interfere no comportamento socioemocional do indivíduo, sendo muitas vezes erroneamente associada à falta de higiene", comenta a dermatologista Denise Steiner.
Desencadeada por diversos fatores, alguns desconhecidos, a doença ainda não tem cura. Mas é possível controlá-la através de tratamento adequado. "A prevenção e o controle da caspa podem ser conseguidos com o uso regular de xampu e condicionador específicos para esse fim", complementa a dermatologista.
Lavar a cabeça todos os dias pode causar caspa.
MITO. Apesar de a caspa ser um distúrbio conhecido há anos, suas causas não são 100% claras. Um estudo feito pela P&G mostrou que, três fatores principais podem facilitar a presença da doença, como: suscetibilidade genética (ou seja, uma tendência congênita de a pele ter uma resposta inflamatória no couro cabeludo), sebo (óleos presentes naturalmente e que servem de "alimento" ao fungo causador da caspa) e o fungo propriamente dito, o Malassezia globosa, que se desenvolve nas condições favoráveis. De acordo com a médica, além dessas, outras condições prováveis para desencadear o aparecimento da caspa são alterações hormonais, estresse, clima seco, e mudanças bruscas de temperatura.
Escova progressiva pode provocar o surgimento da caspa.
MITO. Na opinião da médica, algumas pessoas podem apresentar irritação no couro cabeludo, provocada pelo uso do produto. Essa irritação causa descamação da região, que pode ser confundida com a caspa. O couro cabeludo também pode inflamar, porque a irritação, a vermelhidão ou a coceira podem diminuir a resistência da pessoa, levando a um processo inflamatório.
A caspa pode ser combatida simplesmente com o uso de xampus.
DEPENDE. Vai depender do grau de intensidade da doença. Quadros mais leves podem ser tratados com o uso de xampus e condicionadores anticaspa com sucesso. Em casos mais avançados, é essencial a consulta a um especialista, para que ele avalie e recomende o melhor tratamento para combater o problema.
Pessoas com cabelo oleoso têm maior probabilidade de desenvolver o problema.
VERDADE. O cabelo oleoso, por produzir uma quantidade maior de óleo, é propício para o aparecimento da do doença. "Ainda que o problema esteja associado ao couro cabeludo oleoso, indivíduos com o cabelo seco podem ter caspa quando houver predisposição genética e forem submetidos a estresse, uso de remédios, entre outros fatores", afirma a Dra. Denise Steiner.
A falta de higiene pode desencadear a condição.
MITO. A falta de higiene não é um fator condicionante para que apareça a caspa. No entanto, a falta de higiene da pessoa pode estimular a produção de oleosidade, um dos principais fatores associados ao desenvolvimento da doença.
A caspa é contagiosa.
MITO. Ela não é contagiosa, pois o surgimento da condição depende da predisposição individual e de outros fatores combinados (estresse, cansaço, mudança de temperatura, excesso de oleosidade).
A caspa pode gerar calvície.
DEPENDE. A caspa não é responsável pela calvície. A calvície está associada à predisposição genética. No entanto, a inflamação constante do couro cabeludo, como a provocada pela caspa, coopera para o agravamento da calvície.
Não há cura para a caspa.
VERDADE. Infelizmente, a caspa só pode ser controlada e o tipo de tratamento varia conforme a gravidade do problema. De acordo com Denise, casos mais severos devem ser tratados sob a orientação de um dermatologista. Quadros mais leves podem ser controlados com o uso regular de um sistema de tratamento que alie xampu e condicionador específicos. Com o tratamento adequado, há casos em que a caspa fica anos sem aparecer.
A mulher que tinge o cabelo não tem caspa.
DEPENDE. A tintura de cabelo costuma ressecar o couro cabeludo, diminuindo a produção do sebo. Por um lado, isso, de forma indireta, pode melhorar o quadro da doença em pessoas predispostas a ela, já que o fungo Malassezia globosa se beneficia de um couro cabeludo oleoso.Por outro lado, a tintura pode provocar irritação no local, levando a descamação, vermelhidão e irritação da região. Mas isso não pode ser confundido com a doença.
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