Diferentemente de quando as mães compram uma blusinha nova e mal podem esperar para estreá-la, a ansiedade é inimiga das roupas da criançada. A pele do bebê é muito sensível e toda lavagem é necessária, especialmente a primeira. Nunca se sabe o que pode desengatilhar uma alergia e o estoque da loja pode ser um lugar propício para contaminar a roupinha.
De acordo com a pediatra Leda de Aquino, do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), as roupinhas de bebê devem ser lavadas separadamente das roupas do resto da família, já que os produtos utilizados não podem ser os mesmos.
Com a ajuda de especialistas no assunto, o Delas esclareceu esta e outras dúvidas sobre como cuidar das roupinhas do bebê, mantê-las sempre em ordem e conservá-las para o futuro irmãozinho. Leia abaixo.
1. Como lavar as roupinhas do bebê?
Além de lavá-las separadamente, a pediatra Luisa Voltolini da Silva, do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba, indica o uso de sabão neutro ou específico para crianças. O sabão de coco, segundo Leda de Aquino, também pode ser utilizado. Ambas as especialistas desaconselham o uso de amaciante. “Algumas crianças têm uma tendência maior a desenvolver dermatite e o amaciante pode ser um desencadeador, pelo perfume ou pela química”, diz Luisa.
Ricardo Monteiro, coordenador técnico da rede de lavanderias Quality, explica que o sabão em pó é uma substância alcalina – tem o pH maior do que sete e, por isso, não é neutra. Daí não ser indicada para os bebês. “O sabão em pó pode deixar resíduos com pH alto na roupa, o que não é indicado para bebês com pele sensível”, diz. O sabão líquido específico para roupas delicadas é o ideal. Um bom enxágue também é essencial.
2. Como tirar as manchas?
Segundo Ricardo Monteiro, todos os produtos antimanchas são também alcalinos. Por isso é preciso cuidado ao tirar aquela mancha de papinha que caiu na blusa do seu filho. “O melhor é enxaguar bem e, se precisar usar algum produto tira-manchas, fazer um último enxágue com vinagre de vinho branco”, explica.
Água sanitária nem pensar. A não ser que a roupinha seja muito bem enxaguada depois. Para evitar o uso de produtos do tipo, Ricardo Monteiro dá uma dica: quando a criança deixar cair comida ou outra sujeira na roupa, tire o excesso imediatamente. “Deixar para o dia seguinte faz a sujeira entrar na fibra e atingir o tecido. Se tirar na hora, com água, dificilmente a roupa ficará manchada”, completa.
3. As roupinhas devem sempre ser passadas a ferro?
De acordo com a pediatra Luisa Voltolini da Silva, sim. Além do cuidado extra oferecido pelo ferro quente, passar também é uma oportunidade para ver se as roupas estão limpinhas mesmo. Secar ao sol também é indicado.
4. E passar perfume na roupa do bebê, pode?
Melhor não. A composição química de um perfume eleva a possibilidade de o bebê ter alergias. Eventualmente, no entanto, um perfume pode ser utilizado. Ricardo Monteiro explica que os perfumes são levemente ácidos, mesmo os infantis, mas não costumam dar problema.
5. Existe um tecido mais indicado para as roupinhas de bebê?
O algodão, entre os especialistas, é considerado o melhor tecido para as roupinhas de bebê. “Deve-se evitar produtos sintéticos”, diz Leda de Aquino. Segundo ela, sintéticos podem impedir a transpiração e causar brotoejas.
6. Como guardar as roupinhas para o próximo filho?
A personal assistant Heloisa Sundfeld, fundadora da Help Personal Assistant, recomenda lavá-las bem e, antes de colocá-las no fundo do armário, embalá-las em sacos a vácuo, para ficarem protegidas. “Isso garante a conservação e a limpeza por dois anos”, diz.
7. Como guardar as roupinhas no armário para ter facilidade no dia a dia?
Ao organizar as gavetas, Heloisa Sundfeld sugere pensar na praticidade. Fraldas, muito utilizadas, ficam na primeira gaveta. Na segunda, peças já combinadas para o uso. “Assim, na hora de pegar uma roupinha, a mãe não vai ficar procurando”, conta Heloisa.
Se você tiver uma menininha em casa, os vestidinhos podem ficar pendurados, fáceis de serem alcançados. E deixe a última gaveta para os lençóis, que não são tão trocados quanto as roupinhas diárias do bebê.
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