Num primeiro momento, o convívio de animais e plantas pode parecer uma cena perfeita e agradável aos moradores da casa. Porém, na prática, é preciso ter alguns cuidados ao unir esses seres vivos.
Morder, lamber, cheirar e mastigar o que lhes desperta curiosidade é da natureza dos animais. Assim, o ideal é planejar um jardim agradável e confortável aos donos e que, ao mesmo tempo, não traga perigos aos animais.
“Plantas venenosas, que têm formação pontiaguda ou com espinhos, e costumam dar maior número de pragas devem ser eliminadas do projeto”, afirma a paisagista Aline Najar.
As plantas venenosas ou tóxicas podem causar diversos problemas de saúde quando ingeridas, ou irritações cutâneas, quando tocadas. Segundo a engenheira agrônoma Aline Chagas Fini apesar da aparência inofensiva, as plantas ornamentais são as que mais apresentam incidência de intoxicação. Elas podem levar os animais a terem de simples diarréias a complicações mais sérias que levam à morte.
Além dos perigos com os vegetais venenosos, os animais podem se machucar com folhas pontiagudas, flores que atraem insetos, como abelhas e marimbondos e com plantas espinhosas. “Os espinhos podem penetrar na pele do animal causando ferimentos e infecção”, diz Aline.
Pulgas e carrapatos também podem machucar o animal. Para evitar é importante fazer a manutenção constante do jardim, comprando terra de boa qualidade e de fornecedores idôneos.
Conheça as plantas que oferecem maior risco aos animais de estimação e elimine-as do jardim:
Tinhorão , taiá e caládio (Caladium bicolor Vent), comigo- ninguém-pode ou aninga-do-Pará (Dieffenbachia picta Schott), copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica Spreng) e taioba-brava , cocó e tajá (Colocasia antiquorum Schott) - a ingestão ou o simples contato com plantas podem causar sensação de queimação, inchaço de lábios, boca e língua, náuseas, vômitos, diarréia, salivação abundante, dificuldade de engolir e asfixia. O contato com os olhos pode provocar irritação e lesão da córnea.
Saia-branca , trombeta, trombeta-de-anjo, trombeteira, cartucheira e zabumba (Datura suaveolens L) - a ingestão dessas espécies pode provocar boca seca, pele seca, taquicardia, dilatação das pupilas, rubor da face, estado de agitação, alucinação e hipertermia. Em casos mais graves pode levar à morte.
Bico-de-papagaio , rabo-de-arara, papagaio (Euphorbia pulcherrima Willd) e avelós , graveto-do-cão, figueira-do-diabo, dedo-do-diabo, pau-pelado (Euphorbia tirucalli) e coroa-de-cristo (Euphorbia milii L) – a seiva leitosa destas espécies causa lesões na pele e nas mucosas, inchaço de lábios, boca e língua, dor, queimação e coceira. O contato com os olhos provoca irritação, lacrimejamento, edema das pálpebras e dificuldade de visão. A ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarréia.
Espirradeira , oleandro e louro Rosa (Nerium oleander L) - a ingestão ou o contato com o látex destas plantas pode causar dor e queimação na boca, salivação, náuseas, vômitos intensos, cólicas abdominais, diarréia, tonturas e distúrbios cardíacos, que podem levar à morte.
Mamona (Ricinus communis L) - a ingestão das sementes mastigadas causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta. Nos casos mais graves podem ocorrer convulsões, coma e óbito.
Pinhão-Roxo , pinhão-de-purga, pinhão-paraguaio, pinhão-bravo, pinhão, pião, pião-roxo e mamoninho e purgante-de-cavalo (Jatropha curcas L) - a ingestão do fruto dessas plantas causa náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarréia mucosa e até sanguinolenta, dispnéia, arritmia e parada cardíaca.
Lírio (Lilium sp) - em gatos, pode provocar lesão renal.
Tulipa (Tulipa hybrida) e azaléia (Rhododendron simsii) - provocam desde danos gastrointestinais a colapsos no coração e convulsões.
Kalanchoe , calanchoe, calancoê, flor-da-fortuna (Kalanchoe blossfeldiana) - podem afetar o ritmo cardíaco.
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